“Sei que nada será como antes, amanhã…” – Beto Guedes e Milton Nascimento

 

Os historiadores citam o século XIV como a fronteira final da Idade Média. Tempo de guerras, destruição e fome que culminou com o surgimento da Peste Negra, doença disseminada pelos ratos que em quatro anos (1347 a 1351) aniquilou um terço da população europeia.

Foi preciso renascer. Os paradigmas válidos até então precisavam ser reformulados. Os modelos econômico, social e cultural haviam levado a humanidade ao desastre.

Mas onde buscar elementos para essa reconstrução?

“A partir do século XIV uma nova geração de artistas, influenciada pelo pensamento humanista, passou a utilizar as novas tecnologias e os novos saberes disponíveis para criar uma outra expressão de arte, que se colocava contra os padrões estabelecidos pela Idade Média (arte de caráter religioso, didático, hierárquico e imóvel).

As Universidades europeias foram criadas na Idade Média e estavam subordinadas à doutrina conservadora da Igreja Católica. Mas em meio as grandes transformações do fim da era medieval, surgiu dentro das Universidades um movimento que buscava modernizar essa instituição, propondo o ensino de novas disciplinas, chamadas de ‘estudos humanos’. Os defensores dessa reforma educacional foram chamados de humanistas.”

Sim, foram as artes que trouxeram uma estética que embasou uma nova proposta de convivência humana e resgatou os valores e princípios humanistas que haviam se perdido no tempo. As universidades renderam-se a essa nova proposta e tornaram-se um meio de implantação das novas ideias.

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(Reprodução: Releitura A Criação de Adão/ Arte Ref)

A esse movimento os historiadores deram o nome de Renascimento.

Vivemos uma pandemia que ressaltou os dramas sociais, políticos e culturais que vivíamos quase que inconscientemente. A fome e as “guerras ideológicas”, destruindo a sociedade humana, parecem reprisar algo já registrado nos livros de história.

E as universidades e as escolas…


(Reprodução: MCTIC)

Bem, é tempo de renascer. Precisamos de um renascimento econômico, social e cultural. E ele se fará através de uma nova estética trazida pelas artes e reivindicada pelas crianças e jovens das novas gerações.

Esse renascimento, como já vivido pela humanidade, se fará pelo renascimento da e na Escola, onde a cidadania se constrói. E no brincar, o espaço potencial ilimitado que permitirá aos jovens a construção de uma nova Era.