“FAST, FUN, FREE AND FANTASTIC!”

Quando falamos do chamado “novo normal”, estamos na verdade nos referindo a um mundo muito diferente daquele que conhecíamos antes da pandemia da COVID-19. Nossa sociedade vinha adoecendo lentamente e com sua doença, vinha contaminado todo o planeta Terra. 

A febre do aquecimento global, a dor da injustiça social, da xenofobia, do racismo, da destruição da Natureza, da pobreza de tantos, já eram sintomas evidentes de uma patologia que se instalava de maneira insidiosa, evidente apenas para aqueles que sofriam as dores do planeta e da sociedade humana que nele vivia, agora na forma de um parasita que consumia seus recursos de forma abusiva.

Muitas pessoas ao sofreram as dores de uma grave enfermidade desejam retornar ao momento imediatamente anterior ao da doença que agora alberga. Ledo engano! Pois foi a situação em que ela estava antes da doença que a levou à situação atual da enfermidade. Por isso, toda doença exige uma transformação.

“Nossa, depois do infarto Fulano mudou tanto!?”

Exato! E é essa mudança que o afastará de um novo infarto! Muitas pessoas, depois de um tempo de transformação causada por uma doença, retornam aos hábitos anteriores e, por isso, sofrem uma recaída ou adquirem outra doença.

Assim devemos compreender o mundo pós pandemia: a oportunidade da criação de um novo ciclo civilizatório. Não podemos, nem temos o direito de voltar ao que fomos como civilização nas últimas décadas. Temos que regenerar o que destruímos na Natureza, por ignorância ou ganância, resgatar a gratidão e a compaixão humanas que se perderam no nosso mundo particular, onde o outro era apenas um entrave na realização dos nossos desejos.

E por onde essa transformação começa? Pela educação!

“Pronto! Mais um para responsabilizar a educação por tudo!”

Calma! Não estamos falando da educação como a conceituamos até aqui. Falamos da educação para uma transformação civilizatória, que pretende muito mais questionar do que ensinar. Não sabemos ainda como será esse novo mundo, mas de uma coisa temos certeza: precisamos de uma educação com uma pedagogia de resgate do humano e da sabedoria imensa que todos trazemos dentro de nós, já que, na essência, somos a própria Natureza.

Quando poluímos nosso meio ambiente, também nos poluímos por dentro. Quando nos poluímos por dentro, destruímos nosso entorno. Precisamos de uma pedagogia de resgate, de questionar limites, de refletir a viabilização do impossível para termos um só mundo para todos. Uma pedagogia que incentive a realização dos sonhos coletivos e extraia a melhor versão de cada ser humano, esteja ele em que momento estiver de sua vida.

Portanto, não estamos falando, naturalmente, apenas na educação escolar, mas na educação da sociedade humana como um todo. É dessa pedagogia que estamos falando. Essa pedagogia já foi pensada por muitos, mas jaz escondida em livros e nas cabeças de muitos professores e pensadores que ainda não tiveram a chance de vê-la florescer.

Chegou a hora! Infelizmente, tivemos que passar pelas dores de uma pandemia para entender que o planeta não pode mais esperar. Ou o parasita sofre uma mutação e se transforma naquilo em que ele realmente é, ou vamos ser eliminados pelas defesas da Natureza.

Foi com essa inquietação que a Livelab, através de seu criador Edgard Gouveia Jr, concebeu o Universo X, baseado na sua experiência dos 4 Fs (Fast, Fan, Free and Fantastic).

Esse Universo se inicia com a ideia de que as transformações que o mundo precisa são urgentes (Fast), não podem depender de grandes recursos (Free) e devem ocorrer com esperança, alegria e leveza, como o “brincar” das crianças (Fun). Se unirmos esses três fatores, os resultados serão maravilhosos (Fantastic).

E, porque o brincar necessita de um objeto transicional, como descreveu Winnicott em seu livro “A realidade e o brincar”, a primeira etapa foi a criação de um jogo virtual chamado Jornada X. A virtualidade é o novo espaço potencial onde tudo é possível, onde não há limites. As crianças que passam por esse espaço antes das limitações impostas pelas regras sociais, percebem que seu “Eu ilimitado” pode ir muito além do que a atual realidade permite.

De posse desse poder natural do seu “Eu ilimitado”, os jovens o testam na virtualidade e se sentem capazes de agir no mudo real e transformá-lo. Mas, em que bases? Orientadas por quais princípios?

É aqui que entram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Neles temos os princípios orientadores para a concepção desse novo ciclo civilizatório que só poderá ser criado pela juventude mais conectada de nossa história. 

A Jornada X nasce, então, para ser um jogo de empoderamento dos jovens para agirem em grupo e tornarem-se os protagonistas na criação desse “novo normal”, que tem suas bases de princípios na Agenda 2030.

Hoje o Universo X tem uma Jornada X compostas por 17 módulos correspondentes às 17 ODSs. São 17 viagens desafiadoras que começam no mundo virtual, mas terminam com alguma transformação do mundo real. Uma nova pedagogia que privilegia a aprendizagem multifocal que ocorre na ação real em equipe para solução de problemas reais que afetam a viabilização do mundo desejado.

As equipes formadas nos diferentes módulos da Jornada X, chamadas Ligas, rapidamente se transformam em verdadeiras “startups socioambientais”, preparando os jovens para uma nova economia de produção de riquezas, que se desenha muito diferente daquela economia que tivemos até aqui.

Instagram: Jornada X  Desafio 10×10
Livelab