Como acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e

melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável?

 

”Dados divulgados pela FAO revelam que a fome voltou a aumentar no Brasil. De acordo com a entidade, 37,5 milhões de pessoas viviam uma situação de insegurança alimentar moderada no país no período entre 2014 e 2016. Entre 2017-2019, porém, esse número chegou a 43,1 milhões. Em termos percentuais, o número também subiu, de 18,3% para 20,6%.” (Portal UOL)

Não é difícil imaginar que viveremos no Brasil alguns anos de grandes dificuldades para alimentarmos todos os habitantes de nosso país após o retorno do isolamento social imposto pela COVID-19. 

Além das dificuldades das famílias em ter recursos para comprar alimentos, haverá uma dificuldade de abastecimento do mercado mundial pela redução da produção de gêneros alimentícios, seja pelo longo tempo de isolamento social, seja pelas alterações climáticas que continuarão a castigar as lavouras e impedir que a produção da agricultura acompanhe a demanda mundial por alimentos.

A Agenda 2030 tem como uma de suas maiores preocupações a produção e distribuição adequada de alimentos em todo o planeta. Suas premissas na ODS-2 são claras ao apontar os caminhos que devemos seguir agora, mais do que nunca, com muita urgência.

1. Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano

2. Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas

3. Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola

4. Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo

5. Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente

Importante ressaltar que o Brasil é um país com muitas terras agricultáveis e, ainda, com um clima propício a todo tipo de plantação. Assim, as hortas comunitárias, plantações em praças e terrenos baldios, nos condomínios, nas casas e apartamentos, podem, nesse momento de urgência, ajudar a reduzir a deficiência de alimentos e minimizar a fome, porque: “Quem tem fome, tem pressa!”

 

Livelab

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Jornada X